O Conselho Executivo da Organização para a Proibição de Armas Químicas, Opaq, com sede em Haia, na Holanda, reuniu-se para debater a situação na Síria e o programa de armas químicas do país.

Em comunicado, emitido na quinta-feira, a Opaq afirmou que até hoje, a Síria não declarou inteiramente seu programa de armas químicas, mas que esse tipo de armamento “foi usado em múltiplas ocasiões”.

Meta da agência é eliminar as armas químicas na Síria

A sessão extraordinária foi convocada pelo diretor-geral da agência, Fernando Arias, em acordo com o presidente do Conselho Executivo, Andrés Terán Parral.

Em 8 de dezembro, a Síria passou a viver uma nova fase política após a queda do regime do presidente Bashar al-Assad.

Com isso, a Opaq quer que o país permita o trabalho com a agência para monitorar, de perto, a situação com uma atenção especial aos sítios de armamentos. O chefe da Opaq lembra que a situação política e de seguranças continua frágil, mas que a meta da agência é eliminar as armas químicas da nação árabe.

A agência espera que com a mudança, a Síria participe do processo internacional de prestação de contas identificando qualquer autor de violações cometidas pelo ex-governo sírio ou indivíduos.

© UNICEF/Ninja Charbonneau

Edifícios destruídos na cidade de Aleppo, na Síria, onde supostamente foram utilizadas armas químicas. (arquivo)

Canal de comunicação com autoridades de facto

Em outubro de 2013, a Síria passou a ser membro da Convenção de Armas Químicas. Mesmo assim, a Opaq mantém preocupações com a falta de declaração completa sobre as quantidades de armas utilizadas. Esses temas seguem como um grande obstáculo para a verificação do desmantelamento do programa sírio de armas químicas.

A Opaq e outras agências investigadoras documentaram e apuraram o uso de químicos tóxicos como armas.

O diretor-geral da Agência informou ao Conselho, que uma vez estabelecido um canal de comunicação com as autoridades de facto no país, o próximo passo deve ser enviar uma equipe de peritos assim que a segurança permitir.

Cumprir o que foi assinado

Para Fernando Arias, os desafios prosseguem, mas hoje a agência está mais preparada que em 2013, quando a Síria aderiu à Convenção.

Como membro, o país se comprometeu a jamais possuir ou utilizar armas químicas e a submeter declarações sobre o seu programa nuclear.

A Opaq lembra que 11 anos depois, a Síria precisa provar o cumprimento dessas obrigações declarando e eliminando o que resta do programa nuclear de armas químicas no país.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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