Em 2030, as Nações Unidas vão encerrar a chamada Década para Segurança na Estrada, que entrou em vigor em 2021, após ser aprovada pela Assembleia Geral da ONU.
A meta da iniciativa é reduzir o número de mortes no trânsito pela metade. Todos os anos, 1,2 milhão de pessoas perdem a vida nesses acidentes.
Marrocos abriga reunião internacional sobre o tema
É uma média de mais de duas mortes a cada minuto.
Para sensibilizar governos e cidadãos sobre a importância de ações de prevenção de desastres, um grupo de altos funcionários das Nações Unidas incluindo o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Ghebreyesus, e o secretário-geral assistente para a Juventude, Felipe Paullier, assinaram um artigo de opinião* pedindo mais atenção para o tema.
As mortes nas estradas superam óbitos causados por doenças como malária e pneumonia. Se fosse um “vírus”, o mundo teria que declarar uma pandemia.
A publicação conjunta do artigo serve para marcar a Conferência Ministerial Global sobre Segurança nas Estradas, que ocorre no Marrocos (Global Ministerial Conference on Road Safety ), esta semana.
A segurança depende de uma simples escolha
O objetivo do encontro é avaliar o progresso, compartilhar informações e acelerar esforços para reduzir o número de mortes em 50% nos próximos cinco anos.
Segundo o enviado especial do secretário-geral da ONU para Segurança nas Estradas, Jean Todt, o cuidado no trânsito começa com uma escolha simples. Seja sobre o cinto de segurança, o capacete ou outras decisões de prevenção.
No artigo, os líderes das Nações Unidas lembram que as pessoas são passíveis de cometer erros, mas que existem soluções já testadas para assegurar que o sistema de transporte pode absorver esses erros e reduzir as mortes.
Mas para isso, é preciso mais comprometimento e vontade política.
Apenas 10 países incluindo alguns de rendas baixa e média conseguiram diminuir o número de acidentes em mais de 50% em uma década. Mais 30 nações estão se aproximando desse resultado.
Mundo tem mais de 1 bilhão de carros na rua
Para a ONU, os sistemas de transporte devem ser construídos para as pessoas e não para os veículos a motor. Quando isso acontece, quem sofre são os pedestres, os motociclistas e ciclistas que ficam expostos aos perigos da rua.
Atualmente, existem mais de 1 bilhão de veículos nas estradas do mundo numa onda de motorização considerada sem precedentes.
Os transportes também respondem por um quarto das emissões globais de carbono. Mas quando existem opções mais sustentáveis de locomoção, as pessoas tendem a optar por elas como pedalar, caminhar ou utilizar coletivos.
Os autores do artigo lembram ainda que estradas mais seguras fazem economias mais fortes. A morte no trânsito pode custar aos países em torno de 3% a 5% do Produto Interno Bruto, PIB.
Uma mulher atravessa correndo uma estrada movimentada no Brasil
Segurança de mulheres contra assédio
Um outro aspecto é o da igualdade de gênero e segurança das mulheres. Em alguns países, até 80% delas relataram terem sofrido assédio em transporte público.
A Conferência Ministerial no Marrocos deve adotar a nova Declaração de Marrakech reconhecendo a segurança nas estradas como uma prioridade urgente de saúde e desenvolvimento. A proposta é basear as ações dos governos, do setor privado e da sociedade civil nos princípios de equidade, acessibilidade e sustentabilidade.
O documento também pede aos líderes que aumentem seus esforços para implementar o Plano Global para a Década de Ação sobre Segurança na Estrada.
*Artigo foi assinado por 15 chefes de agências ou departamentos das Nações Unidas e pelo ministro de Transporte do Marrocos, Mr. Abdessamad Kayouh. Os altos funcionários da ONU são: Tedros Ghebreyesus, OMS; Jean Todt, enviado especial; Achim Steiner, Pnud; Rabab Fatima, subsecretária-geral; Inger Andersen, Pnuma; Anaclaudia Rossbach, ONU-Habitat; Filippo Grandi, Acnur; Jorge Moreia da Silva, Unops; Tatiana Molcean, Unece; Armda Salsiah Alisjahbana, Unescap; Claver Gatete, Uneca; Rola Dashti, Unescwa; José Manuel Salazar-Xirinachs, Cepal; Gilles Michaud, Undss; Felipe Paullier, Escritório da Juventude.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
To submit your press release: (https://www.globaldiasporanews.com/pr).
To advertise on Global Diaspora News: (www.globaldiasporanews.com/ads).
Sign up to Global Diaspora News newsletter (https://www.globaldiasporanews.com/newsletter/) to start receiving updates and opportunities directly in your email inbox for free.