Com o início da estação de escassez pré-colheita no Sudão do Sul, quase 7,7 milhões de pessoas enfrentam níveis de fome em estágios de crise, emergência ou catástrofe.

Metade vive na região do Alto Nilo, atingida pelo conflito no nordeste do país. Cerca de 1,1 milhão são refugiados da nação vizinha Sudão, que também está em guerra.

60% no Alto Nilo sem sequer 1 refeição por dia

O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas, WFP na sigla em inglês, está tentando levar assistência alimentar a mais de 450 mil habitantes do Alto Nilo. A prioridade é quem enfrenta níveis de fome catastróficos e de emergência.

Falando de Juba, capital do Sudão do Sul, a diretora do WFP no país, Mary-Ellen McGroarty, disse que esse é um dos piores níveis de insegurança alimentar já vistos na nação africana.

Seis em cada 10 pessoas do Alto Nilo não têm sequer uma refeição por dia para suas famílias. Por causa do conflito, muitos fogem apenas com a roupa do corpo.

Uma explosão de mina terrestre perto da cidade de Luri, a sudoeste da capital do Sudão do Sul, Juba (arquivo)

Interrupção da distribuição de comida

A insegurança forçou as equipes do WFP a interromperem as distribuições em seis áreas da região.

McGroarty contou que isso levou a agências a deixar de atender 213 mil pessoas nesses locais remotos, que já enfrentavam um ciclo de fome, violência, impacto das mudanças climáticas.

O aumento das tensões e dos combates, ao longo dos rios usados pelo WFP como rotas de abastecimento, está prejudicando o transporte de comida para o Alto Nilo. Em muitos lugares, barcos ou aviões são a única alternativa de transporte por falta de estradas.

Estoques preparados

O WFP tem mais de 9 mil toneladas de alimentos, o suficiente para alimentar mais de 1 milhão de pessoas por um mês, armazenados na cidade de Malakal, com estoques adicionais em Bor e Juba.

O chefe da Missão de Manutenção da Paz no Sudão do Sul, Nicholas Haysom, está tentando aliviar as tensões entre as partes rivais pela diplomacia.

O estado do Alto Nilo também foi fortemente afetado por um surto de cólera. O grupo de logística liderado pelo WFP transportou 35 toneladas de suprimentos para combater a doença, além de serviços de água, saneamento e higiene.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

To submit your press release: (https://www.globaldiasporanews.com/pr).

To advertise on Global Diaspora News: (www.globaldiasporanews.com/ads).

Sign up to Global Diaspora News newsletter (https://www.globaldiasporanews.com/newsletter/) to start receiving updates and opportunities directly in your email inbox for free.