O Conselho Internacional de Controle de Narcóticos alerta em seu relatório anual, divulgado na terça-feira, que o aumento do tráfico de drogas online está criando desafios. 

O chefe da comissão, Jallal Toufiq, disse que a internet e as plataformas de mídia social se tornaram “uma fonte de preocupação porque são usadas para promover drogas”.

Riscos e dificuldades do acesso a medicamentos online

Entre os principais resultados, o órgão constata que o tráfico de drogas online aumentou a disponibilidade de drogas no mercado ilícito e adverte risco à segurança com farmácias digitais ilegais que vendem medicamentos sem receita médica diretamente ao consumidor.

O estudo também destaca a dificuldade que as autoridades policiais enfrentam para monitorar e processar as atividades de drogas online e vê oportunidades de usar a internet e as mídias sociais para campanhas de prevenção do uso de drogas e para melhorar o acesso aos serviços de tratamento de drogas.

Segundo o relatório, os governos devem usar toda a gama de ferramentas e programas disponíveis para ajudar em seus esforços de combate à exploração da internet para o tráfico de drogas. Além disso, expressa preocupação com disparidades regionais na disponibilidade e consumo de medicamentos legais para o tratamento da dor.

Controle

O aumento da disponibilidade de drogas ilícitas na rede global, a exploração por grupos criminosos de plataformas on-line, incluindo mídias sociais, e o aumento do risco de mortes por overdose devido à presença on-line de fentanil e outros opioides sintéticos são alguns dos principais desafios para o controle de drogas na era da internet. 

O presidente do Conselho Internacional de Controle de Narcóticos afirma que o tráfico de drogas não é realizado apenas na dark web. Segundo ele, plataformas legítimas de comércio eletrônico também estão sendo exploradas por criminosos. 

O uso da mídia social e de outras plataformas online significa que os traficantes de drogas podem anunciar seus produtos para grandes públicos globais. Várias plataformas convencionais de mídia social estão sendo usadas como mercados locais e o conteúdo inadequado é amplamente acessível a crianças e adolescentes.

A segurança do paciente está em risco devido às farmácias ilícitas na internet que vendem medicamentos sem receita médica diretamente aos consumidores. É impossível para os consumidores saberem se os medicamentos são falsificados, não aprovados ou até mesmo ilegais. Estima-se que o comércio global de produtos farmacêuticos ilícitos valha US$ 4,4 bilhões.

Oportunidades para tratamento e prevenção de drogas

A diretoria vê oportunidades de usar plataformas on-line para evitar o uso não medicinal de drogas, aumentar a conscientização sobre os danos do uso de drogas e apoiar campanhas de saúde pública. Os governos podem usar as plataformas de mídia social para realizar campanhas de prevenção do uso de drogas para evitar o uso indevido de substâncias, principalmente entre os jovens.

A telemedicina e as farmácias na internet podem melhorar o acesso à saúde e ajudar a alcançar pacientes com transtornos relacionados ao uso de drogas, além de oferecer serviços de tratamento de drogas a mais pessoas. 

As plataformas on-line também poderiam ser usadas para compartilhar informações sobre as consequências adversas do uso de substâncias e comunicar avisos sobre drogas adulteradas, o que poderia salvar vidas.

Cooperação internacional para combater tendência 

A natureza global das plataformas online torna os esforços de colaboração de vital importância para identificar novas ameaças e desenvolver respostas eficazes. O Conselho incentiva a cooperação voluntária entre governos e indústrias on-line para combater o uso indevido de plataformas legítimas de comércio eletrônico para o tráfico de drogas. 

Os setores de fabricação, marketing, movimentação e monetização são particularmente vulneráveis a serem explorados por aqueles que traficam substâncias perigosas. O conselho afirma que é necessário aumentar a cooperação entre os governos e as autoridades.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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