As Nações Unidas assinalam neste 8 de junho o Dia Mundial dos Oceanos apelando por união entre governos, empresas, investidores, cientistas e comunidades em defesa dos mares.

A data encerra uma semana de eventos especiais incluindo debates acadêmicos, sessões de cinema e exibições culturais em vários países. 

As Nações Unidas acolheram políticos, cientistas, gestores, intelectuais e artistas num programa interativo realizado na sexta-feira.

A poluição plástica nos oceanos do mundo está ameaçando a vida marinha

Mais e melhores medidas para os oceanos 

A sessão realizada na sede da ONU, em Nova Iorque, teve foco nas perspectivas e análise sobre o planeta, os seres humanos e o relacionamento entre a humanidade e os oceanos visando promover uma “onda de ação em direção às mudanças necessárias”.

A ONU News conversou com Carolina Barreto, diretora da empresa Artery. Participando do evento, a brasileira ressaltou uma das questões que foram levantadas no debate.

“A maior parte do oceano, ela é invisível aos nossos olhos. Então por isso que é muito importante realmente falar pras pessoas o que está acontecendo lá de baixo, que pouquíssimas pessoas tem acesso, e o quão é importante toda essa conservação, e todo esse ecossistema, esse equilíbrio é importante pra nossa vida.”

 Em mensagem, o secretário-geral pede atenção ao lema Despertando Novas Profundidades. Este ano, ele pede que no Dia Mundial dos Oceanos sejam ativadas “mais e melhores medidas” em favor dos mares.

António Guterres destaca que os oceanos, que sustentam e melhoram toda a vida na Terra, “estão em apuros” por culpa dos seres humanos.

A primeira celebração da data foi no Fórum Global de 1992 no Rio de Janeiro. O evento paralelo na Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio+20, juntou ONGs e a sociedade civil debatendo o tema.

Elo essencial nas cadeias alimentares 

Guterres menciona o impacto das mudanças climáticas sobre o aumento do nível dos mares e a ameaça à existência de pequenos Estados insulares em desenvolvimento e populações costeiras. Outra questão é a das temperaturas recordes do mar que “provocam eventos climáticos extremos que nos afetam a todos”.

A acidificação dos oceanos é mais um ponto de preocupação da ONU por “destruir os recifes de coral, quebrando um elo vital nas cadeias alimentares e ameaçando o turismo e as economias locais”. 

Na lista de desafios dos mares estão o desenvolvimento costeiro insustentável por ações como pesca excessiva, mineração em águas profundas, poluição descontrolada e resíduos plásticos que danificam os ecossistemas marinhos.

No entanto, Guterres vê esperança após a adoção de medidas como o novo novo tratado sobre a governação dos oceanos, considerado o mais importante em décadas aprovado pela Assembleia Geral da ONU. 

© Unsplash/Tamas Tuzes-Katai

Praia da Nazaré, em Portugal. A sustentabilidade em países costeiros deve ser acompanhada pela preservação do oceano

Biodiversidade Marinha 

O líder da ONU destaca que esse entendimento foi alcançado como parte da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar sobre a Conservação e Utilização Sustentável da Biodiversidade Marinha em Áreas Fora da Jurisdição Nacional.

Os progressos em favor dos oceanos incluem os esforços por um tratado juridicamente vinculativo para acabar com a poluição por plásticos.

Somado a este avanço está o parecer do Tribunal Internacional do Direito do Mar defendendo “medidas para reduzir, controlar e prevenir a poluição marinha causada pelas emissões de gases com efeito estufa”.

O líder  da ONU crê que dois grandes eventos possam ampliar as oportunidades para restauração de ecossistemas marinhos e costeiros: a Conferência do Futuro de 2024, em Nova Iorque, e a Conferência da ONU sobre os Oceanos em 2025 agendado para a França. 

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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