O secretário-geral da ONU está em Bangladesh, para uma visita de solidariedade aos muçulmanos que jejuam neste mês durante o Ramadã.

Ao chegar, António Guterres homenageou os refugiados rohingya e pediu que a comunidade internacional não se esqueça deles.

Preocupação com cortes na ajuda humanitária

Guterres destacou que os rohingyas são generosamente acolhidos pelo povo de Bangladesh, o país vizinho. Mas seu maior desejo é retornar a Mianmar, sua terra natal.

O líder da ONU pediu ações pelo restabelecimento da paz em Mianmar, a antiga Birmânia, que sofre os efeitos de um golpe militar desde 2021.  Os rohingyas são uma minoria étnica muçulmana que passou a ser perseguida em Minamar.

Para o secretário-geral, eles devem ser respeitados de modo que a “discriminação e a perseguição acabem”.

Guterres contou que os refugiados pedem por melhores condições nos acampamentos onde estão abrigados.

Para o líder da ONU, os “cortes drásticos na ajuda humanitária que foram anunciados pelos Estados Unidos e por vários outros países, principalmente na Europa”, trazem risco à assistência alimentar nesses locais.

Uma criança desnutrida é alimentada em um abrigo em um assentamento de refugiados em Cox’s Bazar, Bangladesh

Reuniões na capital

Guterres concluiu sua mensagem dizendo que a população rohingya precisa de apoio urgente para viver com dignidade em Bangladesh.

Durante sua visita ao país, o secretário-geral se encontrou com o conselheiro-chefe do governo, Muhammad Yunus, na capital Daca. Yunus assumiu após a saída da ex-primeira-ministra,  Sheikh Hasina, do poder em agosto devido a uma onda de protestos.

Guterres e Yunus viajaram juntos a Cox’s Bazar, para visitar os refugiados rohingya.

No sábado, em Daca, o líder da ONU se encontrará com jovens e representantes da sociedade civil. Ele também terá uma coletiva de imprensa conjunta com o conselheiro de Assuntos Estrangeiros, Touhid Hossain.

Histórico da crise

Os rohingyas vivem há séculos no estado de Rakhine, uma região predominantemente budista de Mianmar.

Em agosto de 2017, ataques armados, violência em larga escala e graves violações de direitos humanos forçaram milhares de rohingyas a fugir de suas casas.

Muitos caminharam por dias, pela selva, e se arriscaram em viagens marítimas pela Baía de Bengala para chegar a Bangladesh.

Agora, quase 1 milhão de pessoas encontraram segurança no país vizinho, com a maioria vivendo na região de Cox’s Bazar, onde fica o maior campo de refugiados do globo.

As Nações Unidas descreveram os rohingyas como “a minoria mais perseguida do mundo”.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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