Na cidade de Cascais, Portugal, já se desenrola o 10º Fórum Global da Aliança de Civilizações da ONU, Unaoc. A meta é convocar a comunidade internacional num momento crítico global para “salvar a Humanidade”, segundo o alto representante Miguel Ángel Moratinos.
Em entrevista exclusiva à ONU News, o ex-chefe da diplomacia de Espanha lembrou que o mundo deixou de estar centrado em alguns países, passou a ser multipolar e, por isso, é importante abraçar a diversidade.
Múltiplas civilizações
“Não há dois países que tentam decidir o futuro de todos nós, pois todos reconhecemos que existe um mundo multipolar com múltiplos atores, múltiplas culturas, múltiplas religiões, múltiplas civilizações”.
Moratinos defende uma aposta forte na transição do mundo do passado para “o mundo do futuro, com respeito entre todos”. Esse é o foco da atuação no 10º Fórum Global da Unaoc.
“Em Cascais, o que temos que fazer é salvar a Humanidade. E agora é como podemos conviver juntos, como podemos nos respeitar, cada um, cada ator, cada ator internacional, cada cultura, cada civilização, e construir um mundo do futuro em que todos possam viver como uma só humanidade”.
Número recorde
O evento conta com a participação de mais de 1,8 mil pessoas e 113 Estados-membros das Nações Unidas que se deslocaram para Portugal e que vão participar da reunião ministerial da aliança.
A Unaoc defende que a participação recorde é essencial para discutir os principais temas do encontro: juventude, diversidade cultural, intolerância religiosa, inteligência artificial e esporte.
Para o alto representante da Unaoc esses são “temas fundamentais que vão afetar a essa nova convivência que temos que criar entre todos nós para criar um mundo de uma só Humanidade, estarão presentes”.
Homenagem a Sampaio
Um dos momentos mais simbólicos do encontro será a homenagem ao primeiro alto representante da Unaoc, Jorge Sampaio, antigo presidente de Portugal e falecido em 2021.
Moratinos explica que Sampaio será recordado como uma figura central na construção de pontes entre culturas e povos.
“Foi o primeiro que desenhou essa tarefa de prevenção e de incorporar temas como a educação, a imigração, os meios de comunicação, a juventude para prevenir e criar uma sociedade melhor, e desde então, Portugal sempre foi um ator fundamental, sempre apoiou a aliança em todas as suas atuações e políticas.”
Para Miguel Ángel Moratinos, Portugal é um parceiro essencial para a Unaoc porque sempre esteve disponível para construir uma ligação entre as várias civilizações.
Balanço de 20 anos
“Portugal sempre foi um ator fundamental, sempre apoiou a aliança em todas as suas atuações e políticas e, 20 anos mais tarde, era bom concluir esse período, essas duas décadas, com uma reunião, um fórum, onde pudéssemos fazer uma análise do que se realizou, qual foi o balanço destes 20 anos.”
Os eventos do 10.º Fórum Global da Aliança das Civilizações das Nações Unidas comecaram nesta segunda-feira, mas têm a abertura oficial na terça com discussões sobre intolerância religiosa ou o impacto da inteligência artificial no diálogo intercultural.
*Sara de Melo Rocha é correspondente da ONU News em Lisboa.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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