Neste Dia Internacional do Câncer Infantil, a Organização Mundial da Saúde, OMS, destaca os desafios de crianças afetadas pela doença em países que passam por conflitos e emergências.
Em locais como Líbano, Território Palestino Ocupado, Síria, Líbia e Iêmen, menores que lutam contra a dura realidade do câncer também enfrentam dificuldades como deslocamentos e acesso limitado a serviços de saúde.
Falta de leitos, equipes e tratamentos
Nessa região do Mediterrâneo Oriental, os hospitais estão sobrecarregados, há escassez de equipes médicas e muitas unidades de saúde foram danificadas ou destruídas. Além disso, muitas crianças com câncer estão sem acesso aos tratamentos de que precisam.
Em Gaza, centenas de menores precisam ser evacuados para países vizinhos para receber cuidados vitais.
No entanto, das 405 crianças com câncer encaminhadas para instalações pediátricas, fora de Gaza, desde o início da guerra em 2023, apenas 10 foram aprovadas com um acompanhante. Em alguns casos, as crianças morreram antes de receberem aprovação.
Conflito interrompe cadeias de suprimentos
Já na Líbia há uma grave escassez de especialistas em oncologia, com apenas 0,82 oncologistas médicos e 0,2 radio-oncologistas por 100 mil pessoas, deixando muitas crianças sem acesso a cuidados especializados.
Em muitos contextos, o conflito interrompe as cadeias de suprimentos, levando a escassez frequente de medicamentos essenciais para o câncer. O tratamento interrompido reduz drasticamente as taxas de sobrevivência.
Em algumas áreas, serviços críticos como transplantes de medula óssea foram interrompidos, limitando ainda mais as opções para os pacientes.
Um jovem paciente com câncer no Instituto Nacional do Câncer da Colômbia
Soluções incluem clínicas móveis e unidades especializadas
O diretor de Doenças Não-Transmissíveis e Saúde Mental no Escritório Regional da OMS para o Mediterrâneo Oriental, disse que a agência está trabalhando para estabelecer clínicas móveis que possam alcançar crianças deslocadas em áreas remotas ou de difícil acesso.
Asmus Hammerich defendeu ainda o estabelecimento de unidades especializadas de tratamento de câncer em áreas onde a infraestrutura de assistência médica está comprometida.
Já o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, divulgou um manifesto sobre como melhorar o tratamento do câncer em populações afetadas por conflitos. As sete principais recomendações incentivam estratégias inclusivas e modelos de cuidados para pacientes em cenários humanitários.
Outra iniciativa em curso é a Plataforma Global para Acesso a Medicamentos para Câncer Infantil, atualmente em fase de implementação na Jordânia e em breve no Paquistão. O objetivo é assegurar fornecimento contínuo de medicamentos essenciais para crianças com câncer nessas áreas de instabilidade.
Carga da doença
O câncer infantil é uma das principais causas de morte entre crianças em todo o mundo. Estima-se que 400 mil novos casos sejam diagnosticados a cada ano.
Embora as taxas de sobrevivência tenham melhorado bastante em países de alta renda, a OMS considera situação continua “terrível” para muitas crianças em países de baixa e média renda.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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