Centenas de representantes internacionais participam desde esta segunda-feira no 53º Fórum das Ilhas do Pacífico em Nukualofa, Tonga. O evento reúne líderes e organizações sob o tema “Pacífico Resiliente e Transformador; Construindo Melhor Agora”.

Discursando na abertura, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, declarou que o plano de sobrevivência para o planeta é simples e prevê criar uma transição justa para a eliminação gradual dos combustíveis fósseis que são responsáveis por 85% das emissões de gases de efeito estufa.

Consumo de combustíveis fósseis

Guterres enfatizou que até 2025 todos os países devem produzir e apresentar planos climáticos que estejam alinhados com o limite máximo de 1,5º C de aquecimento global até o final deste século.

Apontando o grupo das 20 maiores economias globais, G20, como um dos maiores emissores ao ser responsável por 80% dessas emissões, ele pediu que este se erga e lidere o combate eliminando de forma gradual a produção e o consumo de combustíveis fósseis e interrompendo sua expansão de forma imediata. 

Secretário-geral da ONU salientou que ilhas do Pacífico estão mostrando o caminho para proteger o clima, o planeta e os oceanos

Guterres disse ainda que a região do Pacífico precisa de financiamento urgente, de capacidades e tecnologia substanciais para acelerar a transição e o investimento em adaptação e resiliência.

Por essa razão, ele falou do insistente pedido pela reforma da arquitetura financeira internacional, com um aumento enorme na capacidade de empréstimo dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento, programas de alívio da dívida que funcionem inclusive para países de renda média que estão em dificuldades.

“Momento turbulento”

Outra questão enfatizada no discurso é a da melhor distribuição de Direitos Especiais de Saque, para beneficiar os países em desenvolvimento e, em particular, aos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento.

No pronunciamento, Guterres expôs a realidade de um mundo passando por um momento turbulento marcado por conflitos violentos, uma crise climática crescente, além de desigualdades e injustiças que colocam em dúvida o cumprimento da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável.

Pnuma Grid Arendal/Glenn Edney

Chefe da ONU ressaltou que a região do Pacífico é um farol de solidariedade e força

O chefe da ONU ressaltou que a região do Pacífico é um farol de solidariedade e força, administração ambiental e paz da qual o mundo tem muito a aprender e deve se mobilizar para apoiar suas iniciativas.

Ele descreveu uma região de marinheiros destemidos, pescadores experientes e com profundo conhecimento ancestral do oceano diante de uma humanidade que está tratando o mar como um esgoto.

Aumento do nível do mar

O líder das Nações Unidas mencionou ainda o efeito da poluição plástica “sufocando a vida marinha”. Nessa realidade, os gases de efeito estufa causam o aquecimento do oceano, a acidificação e um aumento dramático e acelerado no nível do mar.

No entanto, o secretário-geral salientou que as ilhas do Pacífico estão mostrando o caminho para proteger o clima, o planeta e o oceano ao promover atos como a declaração de uma emergência climática e fazer pressão por ação.

O secretário-geral falou ainda das declarações sobre o aumento do nível do mar e as aspirações por uma transição justa para um Pacífico livre de combustíveis fósseis, além da ação judicial sobre a crise climática submetida por jovens do Pacífico até à Corte Internacional de Justiça.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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