A embaixadora de Angola junto às Nações Unidas em Genebra, Margarida da Silva Izata, defende mais mulheres do seu país atuado nas áreas diplomática e de mediação internacional.
A diplomata respondia a uma questão da ONU News sobre a atual presença de Angola nas manchetes por promover a paz e estabilidade na África e como o processo seria apoiado com maior influência de mulheres.
Capacidade para ocupar qualquer lugar
Margarida da Silva Izata contou que, em nível nacional, muitas angolanas já atuam em temas essenciais e acumulam conquistas ao longo do tempo.
Angola é membro da ONU há 49 anos, após ter aderido à organização no ano seguinte à declaração da independência. Atualmente 30% das diplomatas são mulheres.
“Não deixa ser difícil para qualquer país que tenha defendido, de certa forma, inclusive naturalmente, uma espécie de política machista, muito virada primeiro para os homens. Nós estamos a fazer devagar o nosso caminho. Não pelo sistema de cotas, nós temos capacidade suficiente para ocupar qualquer lugar, e nota-se desta forma um certo reconhecimento. Temos, por exemplo, uma vice-presidente, uma presidente do Parlamento angolano, temos várias ministras que têm feito o melhor que podem para responder à confiança que o presidente depositou nelas. No campo diplomático vamos subindo também alguns degraus. A maioria dos embaixadores não são mulheres, mas as mulheres na diplomacia têm feito a sua parte.”
Na conversa que abordou questões como cooperação para o desenvolvimento e as áreas econômica e de direitos humanos também foi levantada a questão sobre o intercâmbio com países de língua portuguesa na importante praça diplomática internacional.
Organização de múltiplas faces
A representante disse que Angola registrou grande atividade nesse âmbito ao liderar em 2022 a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp. A embaixadora declarou que a diplomacia angolana ainda continua nessa senda.
“O que nós temos feito é juntar a nossa voz, a voz da Cplp, às declarações no campo de direitos humanos, no campo dos refugiados e das migrações, como organização multifacética. É multicontinental, não só Europa e África, mas estão quase todos os continentes. Também como uma forma de promover o português no sistema das Nações Unidas, o que não é fácil. Eu acho que a continuarmos nessa senda teremos o português como língua oficial na ONU. É uma questão de empenho.”
Genebra abriga o Conselho de Direitos Humanos. Segundo a embaixadora de Angola, seu país tem intensificado a interação com a sociedade civil em vários campos na preparação para ser avaliado na Revisão Periódica Universal em fevereiro de 2025.
Na ação junto à ONU, na cidade suíça, Angola considera importante a presença da Organização Mundial do Comércio.
Além de questões humanitárias, a embaixadora disse priorizar a discussão de temas internacionais ligados aos blocos dos Países Não-Alinhados e do Grupo Africano.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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