Portugal abriga o 10º Fórum Global Aliança das Civilizações da ONU entre 25 e 27 de novembro com debates sobre como cobrir lacunas entre comunidades divididas pelo mundo. O que é o evento e por que importa agora?
A Aliança das Civilizações da ONU é apoiada pelo lema: Muitas culturas, uma humanidade. Ela foi criada com base nesse fundamento pelo então secretário-geral Kofi Annan, em 2005, para abraçar e promover a diversidade cultural, o pluralismo religioso e o respeito mútuo.
Diálogos inter-religiosos e outros eventos
Ao longo de quase duas décadas, a iniciativa desempenhou um papel essencial nessa questão. Sob iniciativa de um grupo de músicos israelenses e palestinos foram convocados simpósios para abordar o ódio contra refugiados que se associaram a diálogos inter-religiosos e vários eventos ao redor do mundo.
A atuação com parceiros globais incentiva a união diante de divisões, promove a paz e a diplomacia em níveis local e global com vista a moldar um futuro mais pacífico e inclusivo.
Esse conjunto de valores também faz parte do Pacto para o Futuro, adotado na Cúpula do Futuro, realizada em Nova Iorque em setembro, e na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e seus 17 objetivos.
Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, a aliança não é uma iniciativa de para promover o bem-estar”, sendo essencial para a paz, para a segurança, para o desenvolvimento sustentável e para o mundo que se precisa construir.
Desafios atuais e acordos promovendo soluções
A Aliança das Civilizações da ONU promove eventos globais que servem como pontos de encontro seguros que, ao longo dos anos, acolheram milhares de representantes de mais de 130 países. O foco das discussões inclui desafios atuais e acordos sobre soluções para o futuro. Participantes da sociedade civil e governos oferecem clarões de esperança em tempos turbulentos ao celebrar valores comuns.
As atividades 10º Fórum Global têm início na segunda-feira em Cascais, Portugal, sob o tema “Unidos na Paz: Restaurando Confiança, Remodelando o Futuro”. Representantes de todo o mundo debaterão questões candentes desde inteligência artificial aos esportes, e como estas podem ser mais bem aproveitadas para impulsionar a paz.
Troca de opiniões e experiências
No evento de três dias, o secretário-geral da ONU, António Guterres, deve se juntar a embaixadores, representantes da sociedade civil e do setor privado na troca de opiniões e experiências em diversos painéis temáticos.
A meta é estimular a vontade coletiva para mudanças em meio a desafios atuais com soluções inovadoras, incluindo caminhos intergeracionais em favor do desenvolvimento sustentável e mediação religiosa pela paz e pelo fim do ódio.
No segundo dia do fórum global, a expectativa é que os delegados votem na Declaração de Cascais, um compromisso de ação orientada ao futuro.
O Fórum da Juventude a ser realizado no primeiro dia juntará dezenas de eventos paralelos. A edição de 2023 atraiu mil participantes. Este ano, as atividades marcadas para segunda-feira incluem o Youth Video Festival com temas como migração, diversidade e inclusão social com premiação de jovens diretores.
O painel do festival selecionou 32 curtas-metragens de 21 nações, incluindo Afeganistão, Israel, Rússia e Iêmen.
Mudança social
É aguardada a apresentação de mais de 1,8 mil iniciativas de inovação cultural como um circo social para a mudança social, menores projetando cidades amigas das crianças e o futebol pela paz. Grupos populares participarão do Intercultural Innovation Hub.
Uma cerimônia no segundo dia do Fórum Global distinguirá apresentações selecionadas de lugares como Áustria, Botsuana, Canadá, Índia, Indonésia, Quênia, Nigéria, Peru, Estados Unidos e Zâmbia.
O evento é copatrocinado pela Aliança de Civilizações da ONU avaliou projetos inovadores promovem áreas como diversidade e inclusão, igualdade de gênero e a arte, a cultura e os esportes para a mudança social.
O poder da música
O conflito israelense-palestino dura há décadas e agora é marcado por uma escalada em Gaza. Neste caso, tudo começou com conversas entre dois pianistas sobre maneiras alternativas de abordar o conflito. O diálogo entre o maestro israelense Daniel Barenboim e o falecido acadêmico e autor palestino Edward Said evoluiu para ser criada a orquestra West-Eastern Divan Ensemble em 1999.
Os dois amigos de longa data criaram um workshop para jovens músicos usando sua experiência como modelo. O violinista Michael Barenboim pouco antes de uma apresentação na sede da ONU em março de 2023 falou de “músicos que vêm de países que estão em conflito entre si de uma forma ou de outra”.
O maestro disse que a experiência demonstrava que ao cooperar em um projeto similar “é possível reunir pessoas de Estados que estão em conflito para que possam trabalhar juntas em prol de um objetivo comum.”
Com a guerra em curso em Gaza, o conjunto segue unido na celebração do 25º aniversário com uma apresentação agendada para este mês na Europa, realçando que “a jornada da orquestra desde o primeiro workshop até este marco ressalta sua missão contínua de promover o diálogo e a união por meio da música.”
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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