Nesta quarta-feira, várias entidades da ONU reagiram à entrada em vigor do acordo de cessar-fogo entre Israel-Hezbollah.
Segundo agências de notícias, a pausa revelada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, “está sendo cumprida em grande parte” do Líbano após mais de um ano de ataques transfronteiriços e meses de confrontos que mataram milhares de pessoas.
Paralisação de 60 dias
De acordo com os relatos das agências, o entendimento anunciado na terça-feira estipula uma paralisação de 60 dias nos confrontos como base para uma trégua duradoura.
Durante o período, os integrantes do Hezbollah deverão recuar 40 km da fronteira com Israel, enquanto as forças terrestres israelenses devem se retirar do território libanês.
Horas depois do anúncio, o secretário-geral das Nações Unidas publicou uma nota destacando o dever das partes envolvidas de respeitar integralmente e implementar rapidamente os seus compromissos ao abrigo do acordo.
A coordenadora especial para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, destacou que o compromisso marca o “ponto de partida de um processo crítico, ancorado na implementação completa da resolução 1701” para restaurar a segurança que os civis de ambos os lados da Linha Azul merecem.
Compromisso total e inabalável
Para a enviada da ONU há ainda um trabalho considerável pela frente para garantir que o acordo perdure, que requer “nada menos do que o compromisso total e inabalável de ambas as partes.”
No entanto, a Agência da ONU para Refugiados, Acnur, expressou choque e indignação após um ataque ocorrido na noite de terça-feira no lado sírio de duas passagens de fronteira com o Líbano. No ato morreram e foram feridos funcionários do Crescente Vermelho Árabe Sírio.
A agência manifestou solidariedade com a equipe e os voluntários da instituição com a qual atua nas fronteiras apoiando meio milhão de sírios e libaneses que cruzaram para o território sírio.
Mais de 240 crianças mortas
Já o Fundo da ONU para a Infância, Unicef, declarou que a expectativa com o acordo entre Israel e o Hezbollah é que termine a guerra que matou mais de 240 crianças. Pelo menos 1,4 mil menores ficaram feridos além da destruição.
Para a agência, trata-se do primeiro passo essencial para permitir que as comunidades se curem e se reconstruam após meses de turbulência e perdas. Além de ser uma oportunidade pelo fim da violência, o Unicef fala de um momento para traçar um rumo a seguir que priorize a segurança e o bem-estar de crianças e famílias.
Para a agência que promove ações pela criança, a atuação urgente deve começar agora para garantir que essa paz seja sustentada.
Outro pedido é que organizações humanitárias tenham acesso “seguro, oportuno e desimpedido” para que seja fornecida ajuda e serviços essenciais a todas as áreas afetadas, particularmente no sul do Líbano, onde as necessidades são agudas.
Proteção de crianças de mais danos
A prioridade deve ser dada ao acesso à água potável, aos alimentos, aos cuidados médicos e ao apoio psicossocial para proteger as crianças de mais danos e ajudar famílias a começar a reconstruir suas vidas.
Em nota separada sobre Gaza, a Agência da ONU para Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, alerta que a fome atingiu níveis críticos, com pessoas vasculhando lixo de semanas atrás em busca de restos de comida.
Sobre o conflito que sofre impacto da situação libanesa, a agência destaca que “à medida que o inverno se aproxima, as condições estão se deteriorando rapidamente e a sobrevivência é impossível sem ajuda humanitária imediata.”
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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