Colapso econômico e profunda pobreza marcam a realidade birmanesa após o golpe militar, de acordo com o Relatório Situação Socioeconômica de Mianmar.
O documento revela um declínio preocupante no cenário de uma economia que recentemente teve uma atividade industrial admirável e caiu do status de “um dos potenciais pequenos tigres em movimento”.
Desaparecimento da classe média
A diretora Regional para a Ásia do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, Kanni Wignaraja, descreveu os efeitos de uma recessão profunda na sequência do golpe militar ocorrido em 1º de abril de 2021 e o momento que se seguiu ao período da Covid-19.
A representante da agência contou que “entre o final de 2021 e o princípio de 2022 foi observada uma recuperação das nações vizinhas e verificado o contrário para o caso do Mianmar”
Profundo estado de necessidade
Esta realidade considerada “bastante extraordinária”, além de ter empurrado mais pessoas para a pobreza extrema fez com que os que já eram pobres tivessem que passar para um nível mais profundo de necessidades.
Mianmar tem cerca de 75% da população vivendo na pobreza, sendo que o mais ameaçador é “o profundo estado de necessidade das pessoas que estão em níveis abaixo da pobreza.”
Além de regiões duramente afetadas pelo conflito, como o estado de Rakhine, milhares de pessoas fugiram para grandes áreas urbanas, como nos arredores da capital Yangon.
Busca por segurança e serviços básicos
O conflito empurrou o total de deslocados procurando segurança em áreas urbanas para 3 milhões. Apesar da busca por segurança e serviços básicos, o movimento de áreas rurais para urbanas não pode oferecer uma rede de segurança.
Outra observação do estudo é que há mecanismos muito pouco sustentáveis para lidar com a situação: pessoas deixando campos agrícolas, passando a comer uma vez por dia, e diminuindo os gastos com educação, o que gerou um aumento de crianças fora da escola.
O receio é que surja uma geração sem acesso ao ensino, com a baixa em gastos no setor e em outros serviços básicos.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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