O nível de consumo de sal no Caribe é duas vezes maior do que o recomendado, segundo um novo relatório da Organização Pan-Americana da Saúde, Opas.
A agência regional alerta que a alta ingestão de sódio contribui para o aumento de problemas cardiovasculares e outras doenças crônicas.
Estratégias para reduzir o consumo
O relatório ressalta a urgência de se implementar estratégias como redução obrigatória do teor de sódio nos alimentos, rotulagem de advertência nos produtos e regulamentação da comercialização.
O levantamento resume os dados disponíveis sobre o consumo de sódio no Caribe nos últimos 10 anos. A revisão se concentra em estudos sobre ingestão de sal, excreção urinária de sódio e teor em alimentos embalados.
Os resultados indicam uma alta ingestão, quase o dobro dos 2 gramas de sódio, o equivalente a 5 gramas de sal por dia, recomendados pela Organização Mundial da Saúde, OMS.
As doenças não-transmissíveis são a principal causa de morte nas Américas. Evidências mostram que o consumo excessivo de sódio é um fator de risco chave para o desenvolvimento de hipertensão e doenças cardiovasculares.
De onde vem tanto sódio?
Em muitos países, aproximadamente três quartos do sódio consumido vêm de alimentos processados e ultraprocessados, incluindo pão, cereais, carnes e queijo.
Em Barbados, os alimentos ultraprocessados representam 40,5% da ingestão calórica diária.
Já em Trinidad e Tobago, uma análise de 1.239 produtos processados e ultraprocessados constatou que muitas categorias de alimentos, como molhos, temperos e produtos de peixes e frutos do mar, excedem os limites de sódio.
O problema não se limita ao Caribe, um estudo recente em países como Argentina, Brasil, Chile e Colômbia, baseado nos níveis de excreção de sódio, sugere que 75% da população nesses países consome entre 3 e 6 gramas de sódio por dia.
Meta de redução em 30% até 2025
Além disso, esses resultados foram diretamente associados a um maior risco de hipertensão e doenças cardiovasculares, particularmente quando a ingestão de sódio excedeu 5 gramas por dia.
Os Estados-membros da OMS estabeleceram uma meta global de reduzir o consumo de sódio/sal em 30% até 2025, o que é essencial para alcançar uma redução de 25% na mortalidade prematura por doenças não-transmissíveis.
O diretor do Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da Opas afirmou que o consumo excessivo é um desafio de saúde pública que requer respostas urgentes e coordenadas.
Implementação desigual
Para Anselm Hennis, as evidências mostram que a redução da ingestão de sódio na população pode prevenir doenças cardiovasculares e outras condições, melhorando a qualidade de vida das pessoas e reduzindo a pressão sobre os sistemas de saúde.
O especialista afirma que apesar do progresso nas políticas de redução de sódio na região, a implementação permanece desigual.
Um mapeamento da Opas de 2021 constatou que, dos 34 países pesquisados, 70% tinham políticas de redução de doenças não-transmissíveis que incluíam recomendações para reduzir a ingestão de sal. Porém, apenas seis nações desenvolveram estratégias nacionais abrangentes.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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