A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, e a Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, promovem soluções para o combate à fraude alimentar.
As agências cooperam no Centro de Articulação para as Técnicas Nucleares na Alimentação e Agricultura oferecendo apoio aos Estados-membros no reforço da segurança alimentar e das práticas de agricultura sustentável.
Efeitos nocivos da Fraude Alimentar
A fraude alimentar, também conhecida como adulteração por motivos econômicos, tem-se tornado exponencialmente lucrativa e onipresente. Segundo a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos, FDA, os lucros gerados através da proliferação e venda de produtos alimentares falsificados rondam os US$40 bilhões por ano.
O prejuízo econômico da fraude alimentar reflete-se no sentimento do consumidor, no volume de negócios das empresas legítimas, e nas dinâmicas do comércio internacional.
A adulteração de alimentos possibilita ainda o risco de doenças de origem alimentar, bem como as reações alérgicas a ingredientes intoleráveis e indevidamente introduzidos no processo de falsificação.
A contenção dos riscos associados à fraude alimentar é tida como uma tarefa complexa, dado que a falsificação pode ocorrer em diferentes etapas das cadeias de produção e logística. Além disso, várias alterações ilegais são apenas detectáveis com o equipamento especializado, o que é particularmente agravante para os países em desenvolvimento que carecem de recursos técnicos.
Assinaturas isotópicas
Uma das prioridades do centro de articulação FAO/Aiea são as técnicas nucleares de rastreio, que permitem verificar a autenticidade e a qualidade de produtos alimentares através do método de quantificação de isótopos estáveis.
O procedimento parte do princípio de que os rácios de isótopos estáveis nos produtos alimentares, ou nos seus componentes, variam conforme diferentes fatores. Essa variação reflete quando, onde, e em que condições ambientais o alimento foi produzido.
Na estrutura da composição atômica de qualquer substância, os isótopos estáveis são os átomos com o mesmo número de nêutrons. Esses átomos são medidos com equipamento especializado, que detecta as diferenças minúsculas nos seus rácios. As medidas são, depois, usadas para traçar a origem do produto alimentar.
Os rácios de isótopos estáveis representam de modo simbólico uma versão orgânica de impressões digitais ou assinaturas dos alimentos. O rastreio dessas assinaturas isotópicas permite aos cientistas detectar os traços de adulteração ou substituição completa de uns ingredientes por outros que possuem estruturas químicas idênticas, mas diferem na constituição das suas assinaturas isotópicas.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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