A redução de gases de efeito estufa é a resposta simples, mas de grande execução necessária para reverter o calor extremo de forma rápida segundo o especialista em clima da Organização Meteorológica Mundial, OMM.
Álvaro Silva disse à ONU News, de Lisboa, que duas ondas de calor consecutivas que atingiram a Antártida nos últimos dois anos contribuíram para temperaturas globais recordes. Mas destacou que esse é apenas o efeito visível.
Componentes do sistema climático
Numa visão geral sobre o impacto das ondas de calor e eventos extremos relacionados ele apontou fatores que estão contribuindo para temperaturas globais recordes.
“Este aquecimento global é apenas uma vertente visível das mudanças climáticas. A temperatura média global tem vindo a aumentar. Esteve na última década 1,2ºC acima dos valores pré-industriais. Este, mas há outros componentes do sistema climático que estão também a ser alterados e bastante alterados e impactados. É o caso do aumento do nível médio do mar, da acidificação do mar, do degelo e de glaciares e calotas polares e de outros exemplos. É claro que depois destes impactos há alterações bastante adversas em diferentes setores e ecossistemas.”
Em junho deste ano, estima-se que a extensão diária do gelo marinho na Antártida tenha sido “a segunda menor já registrada”, num fenômeno que se segue à observação da menor extensão na Antártida em termos de gelo marinho em 2023.
Temperaturas recordes
As consequências de ondas de calor foram impactantes na América do Norte onde neste 1º de agosto “mais de 160 milhões de pessoas, cerca de metade da população dos Estados Unidos, estavam sob alerta”.
“Há uma série ações a nível de governos e individual que têm de ser levadas a cabo. O calor extremo é, de facto, um fator que gera perturbações graves na economia e na saúde da população e que tem que ser bastante atacado. A própria adaptação ao calor extremo tem que ser acelerada porque há um crescimento das ondas de calor, da intensidade, da duração e de eventos que acontecem fora do período típico.”
Álvaro Silva observou que julho foi o mais quente já registrado na Ásia, enquanto na África, as temperaturas recordes foram observadas no Marrocos como tendo tido “um impacto importante em termos de saúde humana e mortes”.
As ondas de calor intensas no sul e sudeste da Europa também causaram vítimas e impactos severos na saúde.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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