Os incêndios que devastaram a cidade de Los Angeles, na Califórnia, desde o início de janeiro, não foram um caso isolado. 

Eventos semelhantes ocorreram nos últimos anos no oeste dos Estados Unidos, no Canadá, na Rússia, em países do sul da Europa e outros locais.

Como as florestas se tornaram tão inflamáveis?

Segundo a Comissão das Nações Unidas para a Europa, Unece, as florestas atingidas pela seca tornam-se uma espécie de “barril de pólvora”, com vegetação ressecada pronta para pegar fogo assim que surge uma faísca.

Especialistas florestais da agência explicam que políticas de supressão de incêndios implementadas desde o início do século 20 impediram queimas naturais que teriam eliminado arbustos e detritos.

Isto fez com que as florestas ficassem cobertas de materiais inflamáveis. Este combustível acumulado cria um ambiente perfeito para o surgimento de incêndios maiores e mais intensos.

Alimentadas por uma combinação de calor, ventos fortes e acúmulo de vegetação seca, as chamas causaram destruição generalizada, ceifando vidas, arruinando milhares de casas e danificando ecossistemas.

Uma floresta arde no Estreito da Calheta, em Portugal

Aprendendo a conviver com as chamas

Esses sinistros caracterizados por aumentar rapidamente em tamanho, velocidade e intensidade, têm sido uma preocupação crescente em grande parte do Hemisfério Norte.

A Unece ressalta que nas áreas mais propensas a pegar fogo, a questão central será como conviver com as chamas, em vez de como eliminá-las.

A agência alerta que com a intensificação das alterações climáticas, os esforços de gestão florestal sustentável serão cruciais para limitar o risco de incêndio.

Queimas planejadas e incêndios intencionais controlados para limpar a vegetação rasteira podem ser uma ferramenta valiosa para reduzir o risco de incêndios florestais de grandes proporções.

Além disso, é crucial criar comunidades resistentes ao fogo, utilizando materiais de construção à prova de chamas e técnicas de paisagismo adequadas em áreas de alto risco.

Fatores de risco

O aumento das temperaturas, as condições mais secas e as ondas de calor mais frequentes devido às mudanças climáticas estão criando condições ideais para que os incêndios florestais se iniciem e se espalhem rapidamente.

O desenvolvimento residencial em áreas que fazem fronteira com florestas é um outro ponto de atenção, pois o crescimento desordenado coloca mais pessoas e propriedades em risco de incêndios florestais.

A Unece sublinha que esses eventos extremos causam imensos danos ambientais, destruindo ecossistemas e habitats de vida selvagem. Além disso, a fumaça gerada pode percorrer longas distâncias, impactando a qualidade do ar e a saúde pública.

A Comissão da ONU na Europa defende a redução das emissões de gases de efeito estufa, a transição para fontes de energia renováveis ​​e a gestão sustentável da água como medidas essenciais para construir a resiliência das sociedades e dos ecossistemas. 

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

To submit your press release: (https://www.globaldiasporanews.com/pr).

To advertise on Global Diaspora News: (www.globaldiasporanews.com/ads).

Sign up to Global Diaspora News newsletter (https://www.globaldiasporanews.com/newsletter/) to start receiving updates and opportunities directly in your email inbox for free.