Em sessão do Conselho de Segurança que debateu a situação na Ucrânia, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a Carta da ONU é muito clara: todas as disputas internacionais devem ser resolvidas por meios pacíficos.
Para o líder das Nações Unidas, a invasão da Crimeia pela Rússia há uma década e os ataques desde 2022 à Ucrânia violam claramente desses princípios, com civis pagando o preço.
Apoio da comunidade internacional
Convidado para a sessão, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a “Rússia só pode ser forçada à paz”. Já o representante permanente russo junto à ONU, Vasily Nebenzya, criticou o formato da reunião, afirmando que atendida apenas a agenda do Ocidente.
Guterres afirmou que o número de mortos continua aumentando e 10 milhões de ucranianos tiveram de fugir de suas casas desde o início da invasão russa. Segundo o secretário-geral, apesar dos imensos desafios, as Nações Unidas continuam totalmente engajadas como a maior presença internacional na Ucrânia.
No entanto, ele afirma que é preciso haver mais apoio da comunidade internacional para atender às necessidades dos civis. Com 15 milhões de ucranianos precisando de ajuda humanitária, sendo mais da metade mulheres e meninas, e a chegada do inverno, menos da metade do apelo foi financiado.
Lembrando que o país também precisa de apoio para os esforços de reconstrução, ele falou sobre a restauração do sistema de energia do país. As instalações nucleares da Ucrânia estão sob controle russo.
No discurso, ele pediu a todas as partes que ajam com responsabilidade “e evitem qualquer declaração ou ação que possa desestabilizar ainda mais uma situação já preocupante”.
Mais tensões e divisões globais
Guterres também destacou que quanto mais tempo a guerra continuar, maior é o risco de agravamento e alargamento do conflito. Ele adicionou que os impactos ultrapassariam a região, aprofundando ainda mais as tensões e divisões globais, em um momento em que o mundo precisa “desesperadamente de mais cooperação e ação coletiva”.
Guterres afirmou que a Iniciativa do Mar Negro e as contínuas trocas de prisioneiros de guerra servem como lembretes de que, quando há vontade política, a diplomacia pode ser bem-sucedida, mesmo nos momentos mais sombrios.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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