Representantes das Nações Unidas, de Ruanda e da República Democrática do Congo participaram, neste domingo, de um encontro extraordinário no Conselho de Segurança da ONU sobre a situação no leste da RD Congo.
O subsecretário-geral das Operações de Paz, Jean-Pierre Lacroix, disse que o Conselho tem de agir com rapidez para acabar com o conflito entre forças do Exército congolês e rebeldes do movimento M23 que é apoiado por Ruanda, o país vizinho.
Três capacetes azuis mortos e 11 feridos
Em nota, o líder das Nações Unidas, António Guterres, condenou a ofensiva do M23, que segue em direção a Goma, capital do Kivu Norte, com o apoio das Forças de Defesa de Ruanda.
Guterres prestou condolências às famílias de dois capacetes azuis da África do Sul e um do Uruguai que foram mortos nesse fim de semana. Pelo menos 11 boinas-azuis da ONU ficaram feridos no mesmo ataque contra as tropas de paz.
O líder das Nações Unidas disse que todas as partes têm obrigações sob o direito humanitário internacional. Ele afirmou que matar o pessoal da ONU pode configurar um crime de guerra. Para ele, é hora de Ruanda suspender o apoio ao M23 e se retirar do território da RD Congo.
O secretário-geral disse que a ONU segue comprometida com o Processo de Luanda, o Acordo de Paz que é intermediado pelo presidente de Angola, João Lourenço.
Representante defendeu sanções
A representante especial do secretário-geral da ONU na RD Congo, Bintou Keita, pediu o apoio da comunidade internacional e disse que o que se vive, no momento, é um cerco. Ela também defendeu sanções aos que estão por detrás da escalada da violência. Os embaixadores da África do Sul e do Uruguai apelaram ao Conselho para proteger as forças de paz no terreno.
Ao assumir a palavra, o representante de Ruanda disse que a recente militarização da RD Congo é uma ameaça à segurança sem precedentes para o seu país. Segundo ele, Ruanda não ameaça a Monusco, a Missão de Paz da ONU na RD Congo.
O embaixador acusou as forças de paz de “apoiar mercenários” e disse que não se pode terceirizar os esforços para a solução do conflito. E disse que seu país está comprometido com uma solução pacífica.
O mundo está olhando, diz ministra congolesa
A ministra das Relações Exteriores da República Democrática do Congo, Thérèse Kayikwamba Wagner, afirmou que Ruanda está planejando uma “brutalidade” contra o seu país que vai levar toda a região africana à beira da tragédia.
Ela disse que cada minuto que passa sem uma ação decidida do Conselho de Segurança é um minuto a mais de vitória para o agressor.
A ministra concluiu dizendo que o mundo está olhando e que agora é hora de agir.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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