Cheias recordes na Espanha, tempestades violentas na Flórida, incêndios florestais na América do Sul. Esses são alguns sinais de que o clima não é mais o mesmo.

Às vésperas da abertura da 29ª Conferência da ONU sobre Mudança Climática, COP29, no Azerbaijão, o mundo presencia as consequências da falta de uma ação mais contundente para frear o nível de emissões de CO2 que levam ao efeito estufa.

Temperatura global média cada vez mais aquecida

Este ano, a conferência busca debater o financiamento de alternativas limpas para combustíveis fósseis. O encontro que começa este 11 de novembro, em Baku, capital do país, dura duas semanas.

Num relatório, divulgado na semana passada, a ONU confirmou que a temperatura global média está se aproximando de 1.5°C acima dos níveis pré-industriais. A ONU News conversou com a ex-presidente da Assembleia Geral e membro da Comissão Internacional de Conselheiros da COP29, María Fernanda Espinosa.

Para Espinosa, que foi chanceler do Equador, e é especialista em Amazônia, são necessários passos claros para seguir no caminho da redução de emissões e para se alcançar medidas de adaptação e resiliência. Ela lembra que as metas devem ser ambiciosas e o financiamento precisa passar de bilhões a trilhões de dólares apoiando os pequenos países insulares, que estão na linha de risco.

Eventos de temperatura ainda mais perigosos

A Convenção das Nações Unidas sobre Mudança Climática, Unfccc, alerta que se nada for feito, o mundo deve alcançar um aumento de 2,6°C a 3,1°C ainda neste século. E a falha em chegar lá levará a eventos de temperatura extremas ainda mais perigosos. A ex-presidente da Assembleia Geral e membro do comitê internacional da COP29 diz que as pessoas devem estar no centro de todo o processo.

Para María Fernanda Espinosa, as mulheres não são somente as mais vulneráveis pelos choques climáticos, mas também são elas as agentes indispensáveis nas soluções climáticas. Para ela, os países precisam mostrar mais ambição em seus planos de redução nacionais.

G20 deve liderar ações por terem maiores poluidores

A ONU pede uma ação coletiva liderada pelo G20, o grupo das 20 maiores economias do mundo que inclui o Brasil. Este grupo além de ter as economias desenvolvidas também conta com os maiores poluidores e emissores de CO2. O objetivo é que esses países façam mais para cortar suas emissões.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, viajou a Baku para a abertura do evento. Além dos países-partes, a conferência conta com representantes da sociedade civil, jovens e lideranças indígenas.

Criança nas águas da enchente no estado de Jonglei, no Sudão do Sul

COP30 será em Belém do Pará, no Brasil

Guterres destaca a importância de uma nova meta de financiamento do clima na qual cada país tem que produzir ações climáticas mais fortes, cortar emissões e construir comunidades resilientes.

O evento quer assegurar a quantia de trilhões de dólares para países em desenvolvimento na ação de mitigar emissões de carbono e adaptar-se para as perdas e danos causadas por mudanças climáticas.

A COP29 começará com negociações, discursos e entrevistas à imprensa além de discussões. Este ano, será anunciada a presidência brasileira da próxima Conferência, a COP30, marcada para Belém do Pará, no Brasil.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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