O Escritório de Direitos Humanos da ONU está alarmado com uma nova onda de violência a palestinos na Cisjordânia. Segundo relatos, colonos de assentamentos e e forças de israelenses estariam por trás dos incidentes.
A nova onda de tensão ocorre num momento em que Israel e palestinos estão implementando o acordo de cessar-fogo em Gaza e a troca de reféns israelenses por palestinos detidos.
Confinamento de comunidades inteiras
Alguns postos de controle foram completamente fechados. Novos portões foram instalados, confinando comunidades inteiras.
Em nota publicada esta quarta-feira, em Genebra, o Escritório ressalta ainda que em momento de implementação do cessar-fogo em Gaza, “é importante reiterar que o direito internacional vincula os que têm deveres no Território Palestino”.
A nota enfatiza ainda a obrigação de desmantelar assentamentos e evacuar todos os ocupantes de assentamentos da Cisjordânia, além de acabar com a presença ilegal em todo o Território Palestino o mais rápido possível.
Reuniões e ataques
Autoridades israelenses advertiram sobre celebrações feitas por palestinos que tinham familiares detidos quando ocupantes de assentamentos apelavam para reuniões e ataques em locais onde os recém-libertados estão retornando.
No domingo, várias cidades, incluindo Sinjil, Turmus’ayya e Qalqilya, foram atacadas e dezenas de ocupantes de assentamentos incendiaram casas e veículos de palestinos, bloquearam estradas e atiraram pedras.
Seis palestinos ficaram feridos em Sinjil, incluindo três crianças, com idades entre 14 e 16 anos. Nesta terça-feira, as forças de segurança israelenses invadiram várias cidades palestinas na Cisjordânia.
Em Sebastia, Nablus, as forças de segurança israelenses atiraram no peito e mataram um garoto palestino de 14 anos, supostamente desarmado, sem que houvesse confrontos ou conflitos antes do ato.
Mortes após ataques aéreos
No mesmo dia, o Escritório de Assistência Humanitária, Ocha, disse ter havido mortes e dezenas de feridos após ataques aéreos, ação de escavadeiras pesadas e a operação de forças secretas. As vítimas incluem pessoal médico na cidade e no campo de refugiados de Jenin.
O Ocha destacou sua extrema preocupação com a segurança e bem-estar dos palestinos, onde as forças israelenses têm operado.
Após declarações públicas de oficiais israelenses, o escritório de direitos humanos disse que também estava preocupado com planos de Israel de expandir e aumentar as operações na Cisjordânia.
O Escritório de Direitos Humanos relata o fecho de postos de controle em Jericó, montagem de outros em Tulkarm e o aumento das buscas e controles em locais de vigilância ao redor das províncias de Nablus e Tulkarm.
Proteção dos palestinos
A medida de encerramento abrangeu ainda a área de Hebron cortando o acesso de milhares de palestinos em comunidades vizinhas e impedindo que crianças frequentassem escolas e moradores chegassem ao trabalho.
Pelo menos 13 portões de ferro teriam sido instalados nas entradas de cidades em toda a Cisjordânia. As forças de segurança palestinas detiveram vários palestinos, incluindo jornalistas que faziam a cobertura da libertação de palestinos detidos.
Como potência ocupante, o escritório defende que outra obrigação de Israel é de garantir a proteção dos palestinos contra todos os atos de violência.
Regras sobre o uso da força
Além disso, as forças de segurança dos dois lados devem assegurar que os palestinos tenham a capacidade de exercer todos os seus direitos humanos, incluindo liberdades de expressão, reunião e movimento.
O escritório pede que seja garantida de uma conduta que vá de acordo com direito internacional humanitário incluindo a adesão estrita às regras sobre o uso da força aplicáveis às operações de aplicação da lei.
A nota pede o fim imediato de assassinatos ilegais de palestinos, tanto por meio seletivos quanto pelo uso desnecessário ou desproporcional da força, além de investigações de todas as possíveis violações para responsabilização dos autores.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
To submit your press release: (https://www.globaldiasporanews.com/pr).
To advertise on Global Diaspora News: (www.globaldiasporanews.com/ads).
Sign up to Global Diaspora News newsletter (https://www.globaldiasporanews.com/newsletter/) to start receiving updates and opportunities directly in your email inbox for free.