As Nações Unidas colocaram US$ 17 milhões ao dispor da comunidade humanitária atuando na resposta de emergência aos afetados pela violência e combates no leste da República Democrática do Congo, RD Congo.
O fluxo de feridos nas cidades orientais de Goma e Bukavu sobrecarrega a capacidade hospitalar. A proteção civil congolesa confirmou pelo menos 2.029 pessoas ficaram feridas, incluindo 45 em instações de saúde e 315 nas ruas.
Trabalhadores humanitários em perigo
A violência e os saques em Goma interromperam a ajuda humanitária e colocaram trabalhadores do setor sob risco. Agências de notícias revelam que pelo menos 17 pessoas morreram em confrontos do Exército congolês com o grupo rebelde M23.
Em depoimento divulgado pelo Escritório da ONU de Assistência Humanitária, Ocha, um funcionário conta, sob a condição de anonimato, como tem vivido no local de abrigo após o início da onda de violência.
Segundo o funcionário de ajuda, se nos próximos dias a situação não mudar, as pessoas na cidade não terão o que comer e provavelmente enfrentarão uma crise sanitária.
A situação já levou à interrupção da ajuda humanitária e colocou trabalhadores do setor sob risco. A ONU pede ações urgentes para que sejam restaurados os serviços e resguardados os esforços de auxílio.
Infectados pela cólera e varíola M
Desde janeiro, mais de 2 mil pessoas ficaram feridas por armas e estilhaços em Goma, capial da província do Kivu do Sil. A água e a eletricidade continuam cortadas, e o fechamento do aeroporto de Goma interrompeu as entregas de ajuda.
O Fundo da ONU para a Infância, Unicef, já tinha soado o alarme com a exposição de famílias de Goma a muitas doenças, como a cólera e a mpox, conhecida como varíola M, devido à privação de acesso à água.
Na capital Kinshasa, as manifestações da população na sequência da violência no leste foram marcadas por danos aos edifícios de algumas Embaixadas, incluindo a da França, Ruanda, Quênia. Pelo menos 12 pessoas foram feridas.
O escritório da ONU alerta ainda para o alto risco de explosão do surto de varíola M, cólera e sarampo na cidade de Goma.
A situação estaria associada à movimentação de populações e à fuga de infectados pelas doenças que exigem isolamento em unidades de saúde, e ainda à interrupção do abastecimento de água por seis dias.
O Programa Mundial de Alimentos, WFP, revelou que as reservas de comida estão acabando e falta água. Para os hospitais sobrecarregados, as próximas 24 horas são críticas.
A agência das Nações Unidas diz estar pronta para retomar a assistência alimentar assim que for segura, mas requer acesso imediato à Goma.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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