O alto comissário de Direitos Humanos da ONU, Volker Turk, reforçou os crescentes apelos por um cessar-fogo no Líbano para “pôr fim aos assassinatos e à destruição”.
Segundo agências de notícias, Israel e o grupo armado libanês Hezbollah, estariam prestes a chegar a um acordo para interromper os ataques, com possibilidade de aprovação da medida, ainda nesta terça-feira, pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
Ataques israelenses “implacáveis”
O chefe de Direitos Humanos da ONU ressaltou que ataques israelenses “implacáveis” nos subúrbios ao sul de Beirute desde o fim de semana, resultaram em danos extensos, forçando mais pessoas a fugir de suas casas.
Dezenas de libaneses teriam sido mortos entre 22 e 24 de novembro, incluindo crianças e mulheres. Um ataque aéreo que destruiu um prédio de oito andares na capital Beirute, no sábado, matou pelo menos 29 pessoas e deixou mais de 67 feridas, segundo o Ministério da Saúde do Líbano.
Para Turk, a ação militar israelense “levanta sérias preocupações sobre o respeito aos princípios de proporcionalidade, distinção e precaução”.
Ele alertou ainda para o alto número de profissionais de saúde mortos, que ultrapassou 230. O alto comissário pediu respeito e proteção para os agentes de saúde lembrando que ataques deliberados podem “equivaler a um crime de guerra”.
Foguetes “indiscriminados” do Hezbollah
Segundo o alto comissário, o grupo Hezbollah continua atacando o norte de Israel com foguetes e atingindo civis. Ele afirmou que “a maioria desses foguetes é indiscriminada por natureza, prolongando o deslocamento inaceitável de muitos civis israelenses”.
De acordo com Israel, 40 pessoas morreram nesses ataques e mais de 60 mil foram deslocadas internamente desde 7 de outubro de 2023. Nesse dia, o movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, atacou Israel matando mais de 1,2 mil civis e sequestrando centenas de pessoas.
Desde o início do conflito entre Hamas e Israel, pelo menos 3,7 mil pessoas foram mortas no Líbano e mais de 16 mil ficaram feridas. Além disso, quase 900 mil foram deslocados internamente, de acordo com a Organização Internacional para Migrações, OIM.
Para Turk, “a única maneira de acabar com a tragédia para pessoas inocentes de todos os lados é um cessar-fogo permanente e imediato em todas as frentes; no Líbano, em Israel e, claro, em Gaza”.
Assistência prestada pela ONU
Apesar dos graves ataques ao Líbano, diversas agências da ONU seguem atuando no país incluindo o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, e a Organização Mundial da Saúde, OMS, com medicamentos e abrigos.
Já em Gaza, a grande preocupação é com a chegada do inverno. O comissário-geral da Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, alertou que “não há abrigos seguros, cobertores ou agasalhos para as pessoas buscarem algum conforto” à medida que as temperaturas caem e as chuvas ficam mais frequentes.
Para Phillipe Lazzarini, o inverno em Gaza significa que “mais pessoas morrerão de frio, especialmente entre os mais vulneráveis, incluindo idosos e crianças”.
Ele explicou que o aquecimento é inexistente e o último recurso para se manter livre do frio é queimar plástico. O líder da Unrwa apelou por um cessar-fogo e pelo aumento do fluxo de suprimentos básicos, inclusive para o inverno.
Neste 29 de novembro, a ONU vai marcar o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino com vários eventos pelo mundo.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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