A Organização Mundial da Saúde, OMS, divulgou detalhes sobre uma campanha de vacinação em massa contra a poliomielite, em Gaza, marcada para 22 a 26 de fevereiro.

A nova vacina oral contra pólio tipo 2, nOPV2, será administrada a mais de 591 mil crianças menores de 10 anos.

15 meses de guerra em Gaza resultaram em mais de 50 milhões de toneladas de escombros

Ambiente propício para disseminação do vírus

Grandes concentrações de pessoas com baixa ou nenhuma imunidade levam a mais contaminação com o vírus. O ambiente atual em Gaza, incluindo superlotação em abrigos e danos à infraestrutura de água, saneamento e higiene facilitam a transmissão fecal-oral.

Esta é a terceira rodada de vacinação após as campanhas de setembro e outubro passados, atingindo mais de 95% da meta. Como o poliovírus permanece no ambiente, são necessários mais esforços para chegar a todas as crianças.

Nenhum caso adicional de poliomielite foi relatado desde que uma criança de 10 meses ficou paralisada em agosto, mas as novas amostras coletadas em águas residuais, em dezembro de 2024 e janeiro deste ano, confirmam a circulação e transmissão do poliovírus.

A saúde foi um dos setores mais afetados pelo conflito e 95% dos hospitais não estão mais funcionando.

O custo da reconstrução de Gaza e da Cisjordânia

Na terça-feira, foi revelado que a reconstrução total de Gaza e da Cisjordânia custará US$ 53,2 bilhões ao longo da próxima década.

A Avaliação Rápida Provisória de Danos e Necessidades foi conduzida em conjunto pelas Nações Unidas, União Europeia e Banco Mundial.

O levantamento aponta que US$ 20 bilhões seriam necessários nos primeiros três anos para restaurar serviços essenciais, reconstruir infraestrutura e apoiar a recuperação da economia. Em Gaza, a contração econômica foi de 83%.

Segundo o relatório, os 15 meses de conflito causaram danos graves em setores-chave, incluindo habitação, saúde, educação, comércio e agricultura, com mais de 292 mil casas destruídas ou danificadas.

O documento apela por uma resposta internacional coordenada, garantindo que as ações de recuperação contribuam para a estabilidade e resiliência de longo prazo.

Sede da Unrwa em Jerusalém Oriental

ONU condena ataque a escolas da Unrwa

Também na terça-feira, forças israelenses invadiram o Centro de Formação da Agência da ONU de Assistências aos Refugiados Palestinos, Unrwa, em Kalandia, em Jerusalém Oriental, ordenando uma evacuação imediata. Eles usaram gás lacrimogêneo e bombas sonoras, o que para a ONU foi “desnecessário e inaceitável.”

Pelo menos 350 alunos e 30 funcionários estavam no local. O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, afirmou que “esta é uma clara violação das obrigações de Israel sob o direito internacional”, incluindo aquelas relativas aos privilégios e imunidades das Nações Unidas e seus funcionários.

A ONU informou ainda que policiais israelenses compareceram a várias escolas da Unrwa em Jerusalém Oriental, exigindo o fechamento das instalações.

Desde 30 de janeiro, o Parlamento de Israel ordenou o fim das operações da agência de refugiados palestinos no país, proibindo qualquer contato com autoridades israelenses.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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