A força de paz da ONU nas Colinas de Golã, Undof, pediu nesta sexta-feira o fim das atividades militares na fronteira entre Israel e Síria. 

A missão afirma que tem observado desde 7 de dezembro um aumento significativo nos movimentos de forças israelenses dentro da área de separação e ao longo da linha de cessar-fogo e confirmou que elas permanecem no local.

Violação de Acordo

A Undof declarou que essa movimentação constitui uma violação do Acordo de Desengajamento de 1974, criado para manter o cessar-fogo entre as forças israelenses e sírias na região montanhosa e supervisionar as áreas de separação.

A missão esclareceu que continua realizando as atividades que lhes são atribuídas, que incluem monitoramento, observação, patrulhamento e elaboração de relatórios.

As autoridades israelenses afirmam que estão ocupando o local apenas temporariamente, até que novas medidas de segurança sejam colocadas em prática.

Na quinta-feira, o secretário-geral da ONU pediu a retirada das tropas israelenses da zona desmilitarizada das colinas de Golã.

Ataques aéreos israelenses

António Guterres também expressou alarme com as centenas de ataques aéreos israelenses contra alvos na Síria desde a derrubada do regime do presidente Bashar al-Assad.

Em nota, o líder das Nações Unidas disse estar “profundamente preocupado com as recentes e extensas violações da soberania e integridade territorial da Síria”.

Desde que as autoridades de facto do grupo armado HTS assumiram o controle de Damasco, no domingo, as forças israelenses supostamente tomaram um posto militar sírio abandonado, com vista para a cidade, na região de fronteira do Golã.

Segundo agências de notícias, Israel também realizou uma campanha aérea “defensiva”, bombardeando estoques de armas, instalações militares, campos de aviação e navios de guerra.

Necessidade de redução da tensão

Muitas áreas da Síria não estão sob o controle do Hayat Tahrir al-Sham, HTS, com vários grupos armados controlando territórios no sul, no extremo norte e no nordeste, onde combatentes curdos teriam capturado a cidade de Deir-ez-Zor.

Afiliados do grupo terrorista Isil também mantêm uma posição no centro da Síria, onde aviões de guerra dos Estados Unidos realizaram ataques esta semana.

Guterres pediu a redução urgente da tensão “em todas as frentes, por toda a Síria”.

O Escritório do enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, pediu que todos os atores armados mantenham a lei e a ordem, protejam os civis e preservem as instituições públicas.

Falando a jornalistas em Genebra nesta sexta-feira, a porta-voz do órgão, Jenifer Fenton, apelou à desescalada, pedindo o fim dos ataques israelenses e dos conflitos no nordeste e outros locais, que tem “efeitos desestabilizadores num país já volátil”.

Ela sublinhou a importância de prevenir conflitos entre vários grupos armados e defendeu o estabelecimento de disposições transitórias credíveis e inclusivas em Damasco.

Crianças chegam com suas famílias a um centro de recepção na cidade de Ar-Raqqa, na Síria

Retorno de refugiados

Já o representante da Agência das Nações Unidas para os Refugiados, Acnur na Síria ressaltou que na quinta-feira cerca de 2 mil sírios regressaram do Líbano para a Síria, através da principal passagem fronteiriça, a 45 minutos de Damasco

Falando de Damasco, Gonzalo Vargas Llosa explicou que durante o período de intensos combates que culminaram na mudança de poder na Síria, o Acnur teve que suspender as suas atividades na fronteira com o Líbano, mas já retomou suas atividades.

Cerca de 3 mil retornos também foram registrados na fronteira com a Turquia. Para Llosa, esse é um número subestimado e que provavelmente aumentará nas próximas semanas.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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