A Missão de Paz das Nações Unidas na República Democrática do Congo, Monusco, informou que retirou trabalhadores considerados não críticos de Goma, capital do Kivu Norte.
Em comunicado, a Monusco informou que se trata de pessoal que não atua em áreas essenciais ao funcionamento das operações que seguem para apoiar os congoleses.
General foi morto quando inspecionava fronteira
Nos últimos dias, a situação da segurança piorou em Goma. A decisão da ONU é uma medida de cautela que não atrapalhará o trabalho no terreno.
A ajuda humanitária da Monusco segue na distribuição de alimentos, assistência médica, abrigos e proteção para os mais vulneráveis no leste da RD Congo.
Segundo agências de notícias, rebeldes do M23, um movimento apoiado por Ruanda, que luta contra o governo congolês, matou o governador militar do Kivu norte, na quinta-feira, quando o general inspecionava a fronteira.
Os confrontos entre o M23 e tropas do governo congolês intensificaram-se no início deste ano.
Parceiros humanitários e autoridades locais
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu o fim imediato dos combates. Ele lembrou que o conflito tem um custo arrasador para os congoleses e para toda a região.
Já o alto comissário de direitos humanos das Nações Unidas, Volker Turk, pediu o fim de qualquer papel que Ruanda desempenhe no apoio ao grupo armado M23 e também de outros países que possam estar ajudando outros grupos armados na RD Congo.
A ONU informou que está atuando com parceiros humanitários e autoridades locais para assegurar que os civis recebam o auxílio necessário.
A organização segue reavaliando a situação para decidir sobre o retorno dos funcionários retirados nesse sábado do leste da RD Congo.
Área de conflito é rica em recursos naturais
Ao todo, mais de 400 mil pessoas já fugiram de suas casas desde o início deste mês. Os rebeldes do M23 já tomaram as cidades de Masisi e Minova. Essa última é considerada estratégica por ser uma passagem entre as províncias de Kivu Sul e Kivu Norte. A área é rica em recursos minerais.
Ainda segundo agências de notícias, o presidente congolês, Félix Tshisekedi, que participava do Fórum Econômico de Davos, na Suíça, encurtou sua presença no evento para retornar a casa.
Ainda neste sábado, a União Africana emitiu um comunicado expressando profunda preocupação com a situação no leste da RD Congo, que segundo a organização, ameaça o Processo de Paz de Luanda que é liderado pelo presidente de Angola, João Lourenço.
Na sexta-feira, o próprio presidente angolano, como facilitador do Processo de Pacificação na Região dos Grandes Lagos, apelou a todas as partes que cessem a violência, respeitem os direitos humanos e que entendam que o conflito não será resolvido por força militar.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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