O antissemitismo ainda persiste em muitas partes do mundo e representa “uma ideologia tóxica” com raízes profundas no fanatismo e no racismo.

A declaração foi feita pelo alto representante para a Aliança das Civilizações no lançamento do Plano de Ação da ONU para Reforçar o Acompanhamento e a Resposta ao Antissemitismo, nesse 17 de janeiro, em Nova Iorque.

Aumento da discriminação contra judeus

Miguel Ángel Moratinos disse que o plano reflete a responsabilidade coletiva de erradicar o antissemitismo e todas as formas de intolerância, ódio e discriminação.

Ele lembrou que a ONU foi criada após o Holocausto, o genocídio de cerca de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

Para Moratinos, o racismo e o fanatismo são uma “violação de tudo o que as Nações Unidas representam”. O alto representante está preocupado com o aumento da discriminação a judeus no mundo e afirmou que é preciso combater essa tendência.

Segundo ele, os horríveis ataques de 7 de outubro de 2023 do grupo Hamas e outros movimentos armados palestinos contra Israel resultaram no maior assassinato de judeus num único dia desde o Holocausto.

Além disso, houve um crescimento de incidentes antissemitas contra pessoas e instituições judaicas na Europa e nos Estados Unidos.

US Holocaust Memorial Museum/Yad Vashem

Judeus da Rus Subcarpática são submetidos a um processo de seleção em uma rampa em Auschwitz-Birkenau, Polônia

Críticas a Israel

O plano sugere rastrear incidentes e atitudes antissemitas em veículos de comunicação tradicionais e em redes sociais, defender a implementação de leis que proíbam crimes de ódio antissemitas e treinamento sobre preconceito inconsciente para funcionários da ONU.

Para o alto representante, é preciso abordar as causas profundas da intolerância religiosa e dos crimes de ódio, incluindo ataques verbais e físicos a pessoas com base na sua religião ou crença, ou nos seus locais de culto.

Moratinos esclareceu que críticas às políticas e ações de Israel, mesmo aquelas feitas em termos fortes, não são consideradas antissemitismo e estão protegidas pelas normas internacionais sobre liberdade de expressão.

Para ele, essas críticas não devem ser usadas de forma negativa contra Israel como um Estado nem influenciar as tendências gerais contra pessoas e comunidades judaicas.

Combate à negação do Holocausto

O alto representante explicou que o documento lançado nesta sexta-feira destaca a estrutura normativa que serviu de base para o trabalho das Nações Unidas contra o antissemitismo ao logo de décadas.

Essas normas incluem a Declaração dos Direitos Humanos, a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e muitos outros.

Além disso, foram aprovadas diversas resoluções da Assembleia Geral da ONU reforçando a determinação em combater o antissemitismo por meio da divulgação de informações sobre o Holocausto e do combate à distorção ou negativa deste episódio histórico.

O Plano de Ação também resultará no estabelecimento de um grupo de trabalho das Nações Unidas para monitorar e avaliar o impacto das políticas e medidas para combater o antissemitismo.

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

To submit your press release: (https://www.globaldiasporanews.com/pr).

To advertise on Global Diaspora News: (www.globaldiasporanews.com/ads).

Sign up to Global Diaspora News newsletter (https://www.globaldiasporanews.com/newsletter/) to start receiving updates and opportunities directly in your email inbox for free.