O coordenador humanitário da ONU na República Democrática do Congo, RD Congo, pediu a todas as partes do conflito que se mobilizem para a reabertura urgente do aeroporto de Goma, no leste do país.
Em nota, Bruno Lemarquis afirmou que os combates e a emergência são “de uma intensidade não vista na região há décadas e com um alto custo humano”.
Sobrecarga de infraestrutura de saúde
Muitos feridos precisam de cuidados urgentes em um momento em que a infraestrutura médica continua sobrecarregada e milhares de civis não têm acesso à assistência essencial.
Lamarquis lembra que o aeroporto de Goma é “uma tábua de salvação” sem a qual “a evacuação dos feridos graves, a entrega de suprimentos médicos e o recebimento de reforços humanitários ficam paralisados”.
O chefe humanitário convocou todas as partes envolvidas a assumirem suas responsabilidades e fazerem o possível para garantir a reabertura urgente do aeroporto porque “cada hora perdida coloca mais vidas em risco.”
Corpos de vítimas da violência nas ruas
Na segunda-feira, a comunidade humanitária alertou sobre altos riscos à saúde com a piora das chuvas. Em Goma ainda são observados corpos de vítimas da violência nas ruas e necrotérios cheios.
Mesmo com os esforços em andamento para tratar a água com cloro, os residentes de Goma estão sendo obrigados a consumir água sem tratamento no Lago Kivu.
As atividades econômicas e em outras áreas estão sendo gradualmente retomadas, mas escolas e bancos seguem fechados.
Duas agências humanitárias e entidades governamentais tiveram os veículos sequestrados no fim de semana. Outras avaliam o impacto de roubos em armazéns, enquanto há tentativas de retomada da entrega de ajuda em Goma e arredores.
Muitos acampamentos foram saqueados, destruídos e abandonados entre sexta-feira e sábado. Algumas pessoas retornam às suas comunidades ou buscam refúgio em outros lugares, havendo ainda muitas sem abrigo adequado e acesso a serviços.
Preparação em países vizinhos
O Programa Mundial de Alimentos, WFP, anunciou que está posicionando suprimentos e alimentos prontos para uma retomada das operações quando as condições o permitirem, participando ainda na preparação em países vizinhos.
Em parceria com a Agência da ONU para Refugiados, Acnur, e Organização Internacional para Migrações, OIM, são criados planos de contingência pelo risco de alto deslocamento. Equipes estão de prontidão nos vizinhos Ruanda, Uganda, Burundi e Tanzânia.
O WFP alertou que a combinação da violência armada, do conflito contínuo e da alta dos preços dos alimentos em território congolês estimula a insegurança alimentar aguda num contexto global de dificuldades. Um quarto dos habitantes do planeta enfrenta fome aguda, incluindo crianças e mulheres grávidas e lactantes.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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