A segunda rodada da campanha de emergência de vacinação contra a poliomielite está agendada para começar na segunda-feira em Gaza, para imunizar cerca de 591,7 mil crianças com menos de 10 anos.

No entanto, a Organização Mundial da Saúde, OMS, continua seriamente preocupada com a segurança dos pacientes e dos profissionais de saúde em meio à intensificação do confronto.

A busca por um ambiente sem medo

As atuais ordens de evacuação emitidas por Israel abrangem os hospitais Kamal Adwan, Al-Awda e Indonésio, no norte de Gaza. A OMS foi solicitada pelo Ministério da Saúde a apoiar a evacuação de pacientes críticos desses locais.

Até a quinta-feira, estima-se que havia 19 pacientes no Kamal Adwan, 41 no Al Awda e 28 pacientes no Hospital Indonésio. Essas três instalações foram as únicas que permaneceram parcialmente funcionais no norte de Gaza.

Mais uma vez, uma pausa humanitária será um pré-requisito para a implementação de uma segunda rodada bem-sucedida de vacinação, que terá três fases, cada uma envolvendo três dias de campanha e um dia de recuperação.

A OMS ressalta ainda que é preciso garantir que todos os profissionais de saúde possam trabalhar num ambiente seguro e que as comunidades e famílias possam obter a vacinação para as crianças sem medo.

Profissionais de saúde entregam kits de vacinação contra a poliomielite em Gaza em Setembro de 2024

Logística para refrigeração das vacinas

As equipes locais serão enviadas para áreas que necessitam de coordenação especial para chegar às crianças, incluindo aquelas que não puderam receber a vacina na primeira rodada.

O representante especial do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, na Palestina, disse que para realizar a segunda rodada de vacinação será necessário levar, além das 1,6 milhões de doses de vacinas, vários outros equipamentos.

O material inclui frigoríficos, congeladores, caixas de gelo e transportadores de vacinas, todos necessários para manter os estoques a uma temperatura entre 2 e 8°C.

Movimentos populacionais “intermináveis”

Jean Gough afirmou que outro desafio importante tem sido os intermináveis movimentos populacionais. Segundo ele as diversas ordens de deslocamento emitidas recentemente no norte de Gaza afetaram milhares de crianças.

O representante da OMS para os Territórios Palestinos Ocupados, Richard Peeperkorn, sublinhou o impacto de uma falta crônica de acesso humanitário ao enclave, em particular no norte.

Ele confirmou que três missões de socorro ao norte de Wadi Gaza não conseguiram chegar esta semana e que “muitos dos hospitais estão ficando sem combustível”. 

Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).

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