O Sudão é uma emergência humanitária de “proporções chocantes”. Essa foi a descrição utilizada pelo subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários e Coordenador de Emergência, no lançamento de um novo apelo financeiro para responder a crise no país, que está em guerra há quase dois anos.
Falando de Genebra, Tom Fletcher ressaltou que a fome domina, a violência sexual se alastra e muitas crianças estão sendo mortas e feridas.
Aumento em relação a 2024
Em resposta, as Nações Unidas e parceiros lançaram, nesta segunda-feira, planos humanitários e de resposta aos refugiados para 2025, pedindo US$ 6 bilhões para ajudar quase 26 milhões de pessoas dentro do país e na região.
A violência já deslocou 12 milhões de pessoas, o equivalente a um terço de toda a população do Sudão. Além disso, dois terços dos sudaneses precisam de assistência emergencial.
Para Fletcher, o financiamento será uma “tábua de salvação” para os sudaneses e irá melhorar a entrega de ajuda “por terra, mar e ar”.
Com US$ 1,8 bilhão em apoio obtidos no ano passado, as organizações humanitárias alcançaram mais de 15,6 milhões de pessoas em todo o país.
Crianças brincam na aldeia de Gelhanty, em Agig, no estado sudanês do Mar Vermelho
Metas e estratégias
O Plano de Necessidades Humanitárias para o Sudão, orçado em US$ 4,2 bilhões, quer alcançar quase 21 milhões de pessoas vulneráveis. Isso representa o maior número de beneficiários este ano em ações coordenadas pela ONU.
Já o Plano Regional de Resposta a Refugiados, no valor de US$ 1,8 bilhão, priorizará assistência e proteção, incluindo abrigos de emergência, realocação de áreas de fronteira para locais mais seguros, apoio psicossocial, água potável, saúde e educação.
A meta é socorrer mais de 4,8 milhões de pessoas em países como República Centro-Africana, Chade, Egito, Etiópia, Líbia, Sudão do Sul e Uganda. O plano também quer apoiar nações anfitriãs a fortalecer os serviços nacionais e implementar programas que ajudem a trazer estabilidade.
Impactos da violência
Os combates continuam matando e ferindo civis e destruindo hospitais, mercados e outras infraestruturas essenciais.
Pelo menos cinco locais no Sudão, incluindo campos de deslocados em Darfur e nas montanhas Nuba ocidentais, notificaram situações de fome. O quadro deve piorar em maio, quando começa a estação de escassez.
No lançamento do apelo, o alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, disse que “as consequências deste conflito horrível e sem sentido se espalharam muito além das fronteiras do Sudão”.
Refugiados sudaneses recém-chegados à cidade fronteiriça de Adre, no leste do Chade
3,5 milhões de pessoas fugiram para países vizinhos
De acordo com ele, os países vizinhos demonstraram grande solidariedade ao acolher os refugiados, mas seus recursos estão sobrecarregados e itens essenciais como água, abrigo e serviços de saúde estão se tornando escassos.
Grandi pediu empenho da comunidade internacional para garantir que o fluxo de ajuda continue sem interrupções e para acabar com a violência, restaurando a paz no Sudão.
Até o momento, quase 3,5 milhões de pessoas fugiram para países vizinhos em busca de segurança.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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