O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, afirma que desde o início deste ano mais de 2,5 mil escolas no leste da República Democrática do Congo tiveram que ser fechadas por causa dos combates na região.
A agência alertou sobre o destino de mais 330 mil alunos que estão fora do colégio. Existe um receio de que essas crianças jamais retornem à sala de aula, numa situação que já vinha sendo agravada pelo movimento de deslocados internos na RD Congo.
Rebeldes do M23 avançam com ofensiva
Segundo o Unicef, é preciso investir em medidas de emergência para salvar o ano letivo dos alunos congoleses na região afetada pelos confrontos entre tropas do governo e rebeldes do M23, um movimento apoiado pelo país vizinho, Ruanda.
Agências de notícias informam que elementos do M23 entraram em Bukavu, a segunda maior cidade da RD Congo e estão controlando o gabinete do governador. Essa já é a segunda cidade tomada desde a queda de Goma, no mês passado. Na sexta-feira, os integrantes do grupo rebelde já haviam ocupado o aeroporto de Bukavu. A área é rica em minerais.
Uma família deslocada sentada em frente ao seu abrigo improvisado em Goma, província de Kivu do Norte, República Democrática do Congo
Crianças e adultos obrigados a fugir de casa
Para socorrer as crianças, o Unicef está pedindo US$ 52 milhões necessários para assistir 480 mil alunos. Mesmo antes da escalada da violência no leste da RD Congo, o sistema educacional já estava sofrendo com o alto número de deslocados internos pela insegurança.
Estima-se que mais de 6,5 milhões de pessoas incluindo 2,6 milhões de crianças foram obrigadas a fugir de suas casas.
O total de alunos sem assistir às aulas chega a 795 mil. Em dezembro eram 465 mil, segundo o Unicef.
Minas terrestres plantadas em áreas perto de colégios
O representante interino da agência na RD Congo afirma que a situação é desesperadora. Para Jean François Basse, a escola é um lugar que deve proporcionar à criança um sentido de normalidade e no qual ela poderá se recuperar e reconstruir após o conflito.
A volta às aulas ocorreu em 9 de fevereiro, mas com poucos alunos. Os pais e responsáveis pelas crianças temem o perigo da insegurança e violência. O Unicef disse que está atuando com parceiros para levar aulas através do rádio. Uma outra preocupação de pais e professores é a explosão de minas terrestres, plantadas em áreas perto dos colégios.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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