A Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos, Unrwa, afirmou nesta quarta-feira que os ataques contínuos das Forças de Segurança de Israel, com bombardeios aéreos, terrestres e marítimos em toda a Faixa de Gaza, seguem causando mortes, deslocamento e destruição de estruturas residenciais e infraestrutura pública.
Além disso, a violência atrasa o início da campanha de vacinação contra pólio no enclave. Ao pedir uma pausa humanitária, a Unrwa afirmou em suas redes sociais que não será possível vacinar crianças “em um céu cheio de bombas e ataques”.
Novas ordens de evacuação
As novas ordens de saída no enclave dificultam ainda mais a atuação humanitária. De acordo com o Escritório da ONU para Assuntos Humanitários, Ocha, as autoridades Israelenses emitiram 16 ordens de evacuação em agosto até o momento, afetando aproximadamente 12% da população de Gaza.
As ordens mais recentes em Deir al Balah também deslocaram a equipe humanitária de diferentes agências da ONU, ONGs e prestadores de serviços, juntamente com suas famílias, prejudicando seriamente sua capacidade de prestar apoio e serviços essenciais.
A ordem emitida em 25 de agosto afetou 15 instalações da ONU e de ONGs, bem como quatro armazéns da ONU. Desde outubro de 2023, apenas cerca de 11% da Faixa de Gaza não foi colocada sob ordens de evacuação.
Cisjordânia
O escritório de direitos humanos da ONU alertou que as ações dos militares israelenses aumentam o risco de inflamar uma “situação já explosiva” na Cisjordânia, onde há registros de novos ataques aéreos e de ocupantes de assentamentos contra palestinos.
Há relatos de pelo menos quatro ataques aéreos das Forças de Segurança de Israel no campo de refugiados de Nur Shams em Tulkarem na noite de segunda-feira, que deixaram cinco mortos, três homens palestinos e dois meninos de 13 e 15 anos.
Novos ataques
O escritório da ONU alertou que a situação na Cisjordânia ocupada pode piorar drasticamente se as autoridades israelenses continuarem a usar sistematicamente a força letal ilegal e ignorar a violência praticada pelos colonos.
O último número confirmado pelo escritório de direitos da ONU indica que 628 palestinos foram mortos na Cisjordânia entre 7 de outubro, data dos ataques terroristas liderados pelo Hamas em Israel que desencadearam a guerra, e 27 de agosto.
Condenando a “resposta cada vez mais militar” das forças israelenses na Cisjordânia, o escritório reforçou que as operações violam o direito internacional humanitário.
Em comunicado, a entidade afirmou que o uso de ataques aéreos e outras armas e táticas militares viola esses padrões e está resultando em execuções extrajudiciais e outras mortes ilegais, além da destruição de casas e infraestrutura palestinas.
Source of original article: United Nations / Nações Unidas (news.un.org). Photo credit: UN. The content of this article does not necessarily reflect the views or opinion of Global Diaspora News (www.globaldiasporanews.net).
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